quarta-feira, 28 de maio de 2014

NÉCTAR DE LETRAS: PESQUISA SOBRE HÁBITO, INFLUÊNCIA E FREQUÊNCIA EM BIBLIOTECAS E  LIVRARIAS

Ana Maria Haddad Baptista

Parabenizo, com satisfação e um intenso carinho, meus alunos da UNIFAI, do Curso de Biblioteconomia, período noturno do primeiro semestre,  que realizaram uma importante pesquisa de campo. Esta, que será apresentada a seguir, foi materializada pelos estudantes:

Adriana Diniz Costa
Bárbara Merly
Claudia Pires Prado
Daniel Barros de Oliveira
Nathalia Soares de Oliveira

Para o curso de Biblioteconomia e demais interessados  as informações divulgadas sobre leitura e literatura são importantes para os futuros bibliotecários refletirem sobre este assunto pertinente à área e, paulatinamente, conhecer o objeto de busca dos leitores.
O trabalho é resultado da parceria de um grupo de alunos do período noturno. O método utilizado foi de pesquisa eletrônica. Foi criado um questionário online para que a experiência promovesse interatividade de maneira rápida e prática. 
O grupo propôs seis questões sobre hábito, influência de leitura e frequência em bibliotecas e livrarias. Foi uma pesquisa realizada com 15 pessoas, homens e mulheres, com idade entre 20 e 50 anos. Todos com formação superior completa ou em fase de conclusão.
A pesquisa foi iniciada com a questão sobre o cultivo do hábito de frequentar biblioteca ou livraria. Do grupo pesquisado, dez pessoas citaram que têm este hábito. Destas, uma delas citou que vai à biblioteca. O destaque foi para quatro pesquisados. Explicaram que frequentam livrarias e acrescentaram que vão quando possível, que este hábito é voltado mais para livraria do que biblioteca, que a ida é motivada para “sempre ter um livro à mão”, mas que a frequência é pouca. Nesta questão inicial, cinco pessoas disseram não ter o hábito e uma delas revela a “falta de tempo”.
Após a questão sobre o hábito de frequentar biblioteca ou livraria, os pesquisados foram indagados sobre o momento em que estão nestes ambientes e qual seria a área que não deixam de procurar. As respostas foram a busca pelas mais diversas áreas: quadrinhos, filosofia, atualidades, infanto-juvenil, medicina veterinária, best-sellers, documentários, policiais, literatura estrangeira, fantasia e ficção, espiritismo, assim como a área terapêutica e de tecnologia. Duas pessoas revelaram preferência por psicologia e outra citou que andava por diversos setores, caso não encontrasse algo específico para comprar. Apenas uma pessoa destacou que não frequenta biblioteca.
Uma outra  questão foi sobre a preferência do suporte de leitura, ou seja, que escolha fariam entre livro ou e-book. Onze pessoas elegeram o livro. Uma delas acrescentou que não acredita que o e-book vá substituir os livros, mas que este novo suporte é um complemento.
O conhecimento que os leitores pesquisados buscam também foi questionado. Algumas pessoas foram mais objetivas e disseram procurar conhecimento histórico, filosófico, técnico (área profissional) e teórico. Duas pessoas citaram busca sobre atualidades e cultura. Uma terceira pessoa disse buscar distração. Quatro pessoas revelaram buscar ensinamentos, aprendizado, conhecimento pessoal e visão ampla. Uma pessoa disse procurar em leituras  nenhum tipo específico conhecimento.
Uma outra questão da pesquisa foi a respeito da influência da leitura na vida e, também, a influência em algum momento importante. Uma pessoa pesquisada citou a influência dos exemplos de personagens, para fazer algo diferente e novo. Outra pessoa disse da influência na educação dos filhos e aumento da fé. A conquista de amigos por meio da leitura foi revelada nesta resposta.  A melhora pessoal e a calma também foram citadas por duas pessoas. Outras cinco pessoas afirmaram que a influência da leitura é importante e enriquecedora, afeta o aprendizado e tomada de decisões em vários momentos. Somente três pessoas disseram não ter influência da leitura em suas vidas.
Para finalizar, a última pergunta  foi, após ser influenciado a cultivar a leitura, se foi possível manter este hábito. Quatro pessoas disseram que não foi possível manter o hábito. Duas explicaram que a falta de tempo e a dificuldade de não conseguir estabelecer rotina de ler livros são os motivos. Porém, onze pessoas revelaram que foi possível manter o cultivo da leitura. Um pesquisado disse que apenas quando tinha tempo. Uma pessoa citou o hábito de leitura como “um vício em livros novos”. Outra pessoa explicou que recebeu influência dos pais, passou para os filhos e se considera uma “multiplicadora” por incentivar outros a manter este hábito.
Esta pesquisa revelou que as pessoas frequentam mais livrarias do que bibliotecas. A falta de tempo é um dos motivos daqueles que frequentam menos estes ambientes. Ao ir em um destes estabelecimentos, em busca de material para leitura, as áreas procuradas são variadas e não foi revelada predominância de nenhuma das áreas citadas. O livro obteve a preferência dos pesquisados quando indagados sobre o e-book. O conhecimento buscado é diverso e dispensa algum padrão de escolha. A influência da leitura na vida das pessoas questionadas neste trabalho foi citada em momentos de novas decisões, na educação, fé, amizade e melhora pessoal. O hábito de leitura foi o tema da questão final que revelou a leitura como um vício e como um hábito passado de pais para filhos para ainda influenciar outras pessoas.

 A falta de tempo foi revelada como explicação para afastar alguns dos pesquisados do hábito de leitura. Esta razão pode ser considerada como novo tema de pesquisa a motivar o aprofundamento neste assunto. Assunto este necessário, em particular,  para que os novos estudantes de Biblioteconomia reflitam e o tomem como base para elaboração de ações para promover o hábito de leitura.

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