O prêmio Jabuti e seus filhotes
Ana Maria Haddad Baptista
Denomino filhotes do Jabuti
todos aqueles que sustentam a grade que envolve as estratégias do prêmio em
referência. Que tal refrescarmos a memória? Homero, Hesíodo, Dante, Goethe, Machado de Assis e tantos
outros, verdadeiros mestres da literatura universal, jamais ganharam o Nobel de
literatura. Muito menos o prêmio Jabuti.
Anunciam-se as novas regras
que pretendem "democratizar" a participação ao prêmio. No entanto, os
preços de inscrição, tanto para autores independentes como para as editoras,
são altíssimos.
E, finalmente, de acordo com
as normas impostas deverão premiar projetos de incentivo à leitura. O que
significa isso? O que são projetos de incentivo à leitura? Salas de leitura?
AH...sim, a muito "em moda" contação de histórias! Ou estratégias assistenciais que jamais
garantem um futuro leitor? Porque leitura não pode ser hábito. Hábito é escovar
os dentes, pentear os cabelos, tomar banho e tantos outros.
Leitura, de uma vez por
todos, é necessidade:
Aquela que revela nossas
insuficiências.
Aquela que revela nossas
dissonâncias.
Aquela que revela nossas
infelicidades.
Aquela que revela nossas
reais incompletudes.
Como capturar um leitor para
sempre? Não existem projetos e nem fórmulas. Quem sabe um professor? Aquele que
jamais desiste de possibilitar aos estudantes, de todos os níveis e graus, a
literatura, infinitamente consistente, e
consiga provar o seu valor? Quem sabe?
Ana, você, como sempre, desconstruindo esses clichês acerca da leitura. Que maravilha!
ResponderExcluirGrande beijo,
Sandra
Obrigada minha querida!
ResponderExcluirPontual, e muito verdadeiro! Amei a parte que se refere a Homero, Hesíodo, Dante, Goethe, Macahado de Assis e tantos outros que jamais ganharam o Nobel de literatura e o Jabuti, hehehehh e adorei a parte em que diz que a leitura é uma necessidade e que se há alguma maneira para incentivar a mesma esta seria pelo �� professor. Enfim, como sempre adorei!!! Parabéns! Saudade, bjs mil
ResponderExcluirFormação do leitor...Na antiguidade Platão questionava se a virtude pode ser ensinada. Seria o gosto pela prática da leitura uma virtude? Ou talvez uma chama que se acende sobre a vela do conhecimento, ativada por uma professora que detém o palito e a pólvora em suas mãos? O prazer pela leitura e pelo conhecimento podem ser ensinados?
ResponderExcluirComo a senhora costuma dizer, o professor nunca deve subestimar a capacidade de aprendizagem dos alunos. Acredito que, talvez os professores não se dêem tanta importância frente a sociedade por não serem felizes na profissão (em sua maioria), como diz Paulo Freire "A educação é um ato de amor e, por isso, um ato de coragem". Deveriam assumir o papel de agente transformador que são, pois o professor é o início de todas as carreiras, e portanto, é a mais nobre profissão.
ResponderExcluir