NÉCTAR DE LETRAS: PESQUISA SOBRE HÁBITO,
INFLUÊNCIA E FREQUÊNCIA EM BIBLIOTECAS E LIVRARIAS
Ana Maria Haddad Baptista
Parabenizo, com satisfação e um intenso
carinho, meus alunos da UNIFAI, do Curso de Biblioteconomia, período noturno do
primeiro semestre, que realizaram uma
importante pesquisa de campo. Esta, que será apresentada a seguir, foi
materializada pelos estudantes:
Adriana
Diniz Costa
Bárbara
Merly
Claudia
Pires Prado
Daniel
Barros de Oliveira
Nathalia
Soares de Oliveira
Para o curso de
Biblioteconomia e demais interessados as
informações divulgadas sobre leitura e literatura são importantes para os
futuros bibliotecários refletirem sobre este assunto pertinente à área e,
paulatinamente, conhecer o objeto de busca dos leitores.
O trabalho é
resultado da parceria de um grupo de alunos do período noturno. O método
utilizado foi de pesquisa eletrônica. Foi criado um questionário online para que a experiência promovesse
interatividade de maneira rápida e prática.
O grupo propôs seis
questões sobre hábito, influência de leitura e frequência em bibliotecas e
livrarias. Foi uma pesquisa realizada com 15 pessoas, homens e mulheres, com
idade entre 20 e 50 anos. Todos com formação superior completa ou em fase de
conclusão.
A pesquisa foi
iniciada com a questão sobre o cultivo do hábito de frequentar biblioteca ou
livraria. Do grupo pesquisado, dez pessoas citaram que têm este hábito. Destas,
uma delas citou que vai à biblioteca. O destaque foi para quatro pesquisados. Explicaram
que frequentam livrarias e acrescentaram que vão quando possível, que este
hábito é voltado mais para livraria do que biblioteca, que a ida é motivada
para “sempre ter um livro à mão”, mas que a frequência é pouca. Nesta questão
inicial, cinco pessoas disseram não ter o hábito e uma delas revela a “falta de
tempo”.
Após a questão
sobre o hábito de frequentar biblioteca ou livraria, os pesquisados foram
indagados sobre o momento em que estão nestes ambientes e qual seria a área que
não deixam de procurar. As respostas foram a busca pelas mais diversas áreas:
quadrinhos, filosofia, atualidades, infanto-juvenil, medicina veterinária,
best-sellers, documentários, policiais, literatura estrangeira, fantasia e
ficção, espiritismo, assim como a área terapêutica e de tecnologia. Duas
pessoas revelaram preferência por psicologia e outra citou que andava por
diversos setores, caso não encontrasse algo específico para comprar. Apenas uma
pessoa destacou que não frequenta biblioteca.
Uma outra questão foi sobre a preferência do suporte de
leitura, ou seja, que escolha fariam entre livro ou e-book. Onze pessoas elegeram
o livro. Uma delas acrescentou que não acredita que o e-book vá substituir os
livros, mas que este novo suporte é um complemento.
O conhecimento que
os leitores pesquisados buscam também foi questionado. Algumas pessoas foram
mais objetivas e disseram procurar conhecimento histórico, filosófico, técnico
(área profissional) e teórico. Duas pessoas citaram busca sobre atualidades e
cultura. Uma terceira pessoa disse buscar distração. Quatro pessoas revelaram
buscar ensinamentos, aprendizado, conhecimento pessoal e visão ampla. Uma
pessoa disse procurar em leituras nenhum
tipo específico conhecimento.
Uma outra questão
da pesquisa foi a respeito da influência da leitura na vida e, também, a
influência em algum momento importante. Uma pessoa pesquisada citou a influência
dos exemplos de personagens, para fazer algo diferente e novo. Outra pessoa
disse da influência na educação dos filhos e aumento da fé. A conquista de
amigos por meio da leitura foi revelada nesta resposta. A melhora pessoal e a calma também foram citadas
por duas pessoas. Outras cinco pessoas afirmaram que a influência da leitura é
importante e enriquecedora, afeta o aprendizado e tomada de decisões em vários
momentos. Somente três pessoas disseram não ter influência da leitura em suas
vidas.
Para finalizar, a
última pergunta foi, após ser
influenciado a cultivar a leitura, se foi possível manter este hábito. Quatro
pessoas disseram que não foi possível manter o hábito. Duas explicaram que a
falta de tempo e a dificuldade de não conseguir estabelecer rotina de ler
livros são os motivos. Porém, onze pessoas revelaram que foi possível manter o
cultivo da leitura. Um pesquisado disse que apenas quando tinha tempo. Uma
pessoa citou o hábito de leitura como “um vício em livros novos”. Outra pessoa
explicou que recebeu influência dos pais, passou para os filhos e se considera
uma “multiplicadora” por incentivar outros a manter este hábito.
Esta pesquisa
revelou que as pessoas frequentam mais livrarias do que bibliotecas. A falta de
tempo é um dos motivos daqueles que frequentam menos estes ambientes. Ao ir em
um destes estabelecimentos, em busca de material para leitura, as áreas
procuradas são variadas e não foi revelada predominância de nenhuma das áreas
citadas. O livro obteve a preferência dos pesquisados quando indagados sobre o
e-book. O conhecimento buscado é diverso e dispensa algum padrão de escolha. A
influência da leitura na vida das pessoas questionadas neste trabalho foi
citada em momentos de novas decisões, na educação, fé, amizade e melhora pessoal.
O hábito de leitura foi o tema da questão final que revelou a leitura como um
vício e como um hábito passado de pais para filhos para ainda influenciar
outras pessoas.
A falta de tempo foi revelada como explicação
para afastar alguns dos pesquisados do hábito de leitura. Esta razão pode ser
considerada como novo tema de pesquisa a motivar o aprofundamento neste
assunto. Assunto este necessário, em particular, para que os novos estudantes de
Biblioteconomia reflitam e o tomem como base para elaboração de ações para
promover o hábito de leitura.
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